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O silêncio

  • Marcos Nicolini
  • Aug 26, 2024
  • 1 min read

Quando tudo é posto sob o fogo abrasador do inquérito, da inquisição, do trabalho, da exigência de ser útil, da instrumentalidade, então a eficiência da fala silencia o silêncio e legitima a deificação.


Suspeitamos que caso nos predispusermos à pesca sem isca, sem anzol, sem linha, sem molinete, sem vara, apenas munido da fome, do encantamento, do mistério, caberá que suspiremos com nada.


Quem sabe, perceber ali a emergência da humanidade em sua fragilidade angustiante, suas razões insuficientes, suas incompletudes, suas vulnerabilidades, sua impossibilidade autárquica desautônoma.

 

Na experiência da submersão no nada e na possibilidade da imersão da humanidade poderemos dizer, quiçá sem cair em tentação, tenho fome, tenho sede, sinto frio, e ser tocado, a partir de outra técnica, por outro tecido.

 

No lugar do ponto final ou exclamativo, do assim é e da eureca; e para além da passagem para a interrogação; o silêncio que contempla o limite da positividade e da crítica, o mergulhar no mistério que amando (palavra desgastada pela pragmática da práxis) recua até que tudo possa ser com...

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